Em depoimento prestado na 2ª Vara Federal de Guarulhos, realizado hoje (17/3), o ex-gerente administrativo e financeiro da DASLU confirmou que Eliana Tranchesi cuidava da moda e da parte social da empresa e Antônio Carlos Piva de Albuquerque era o responsável pela área financeira e pelo departamento de importação da empresa. Disse que ouviu comentários de seu superior sobre a ocorrência de subfaturamento na importação e que havia fiscalização na empresa mas nada acontecia devido a influência de Antônio Carlos Piva. Relatou que, obedecendo ordens de seu superior, ele e seus colegas mudaram às pressas para outro escritório.
Disse ainda que ouviu comentários do ex-gerente de recursos humanos da DASLU de que havia uma pessoa dentro da empresa de nome “kiko”, que agia a mando de Antônio Carlos Piva, e recebia recursos financeiros para a empresa não ser investigada. A testemunha trabalhou na DASLU de 2000 a 2004.
A segunda testemunha de hoje trabalhou na DASLU no período de 1991 a 2000. Contou que é ex-cunhada de Eliana Tranchesi e que implantou todo o sistema de informática na empresa. Afirmou que naquela época Antônio Carlos Piva não trabalhava na DASLU, que a diretoria ficava a cargo de Eliana Tranchesi e tudo ocorria sob sua orientação. Contou que havia uma diferença muito grande entre os valores das mercadorias nas notas da trading e o valor do preço de venda na loja, que nunca teve acesso à composição dos custos para a formação do preço de venda e nem teve contato com a importação.
No próximo dia 24/3, às 13h, será ouvida a última testemunha de acusação do caso DASLU.