A juíza federal Cláudia Mantovani Arruga, da 1ª Vara Federal de Guarulhos, interrogou nesta quarta-feira (28/6), às 14h30, o empresário Law Kin Chong. O réu é acusado pelo Ministério Público Federal de manter em cativeiro espécimes da fauna silvestre provenientes de criadouros não autorizados.
Em seu depoimento, Law Kin Chong afirmou ter solicitado junto ao IBAMA, no final de 2001, o registro de um tucano, um jaboti e uma arara-azul. Disse ter solicitado o registro destes animais e que na época não havia adquirido qualquer animal silvestre, ou seja, flamingos ou papagaio.
Segundo ele, os fiscais do IBAMA estiveram em sua casa em 2003. Nesta ocasião, houve um desentendimento entre o fiscal do IBAMA e o caseiro, motivo esse que o levou a se desinteressar pelo prosseguimento daqueles registros. O réu afirmou ter comprado um casal de papagaios com a respectiva nota fiscal, seguindo as normas do IBAMA. Ele negou ter sob sua guarda os flamingos supostamente vistos pelos fiscais.
Law Kin Chong foi interrogado em cumprimento à Carta Precatória nº 2006.61.19.003269, no qual responde pela prática de crime ambiental (art.29, par.1º, inc.3º, da lei 9.605/98) em processo originário da 7ª Vara Criminal Federal de São Paulo (2005.61.81.000118-3).
O interrogatório foi realizado em Guarulhos porque o réu encontra-se preso no Centro de Detenção Provisória II. Law Kin Chong e o despachante Pedro Lindolfo Sarlo foram condenados em outro processo (Proc. 2004.61.81.004168-1) a quatro anos de prisão pela prática do crime de corrupção ativa (art.333 Cód.Penal). A condenação foi proferida pela 5ª Vara Criminal Federal de São Paulo em junho de 2004. (RAN)