A juíza federal Vera Cecília de Arantes Fernandes Costa, diretora da 20ª Subseção Judiciária Federal, e a coordenadoria de extensão do Centro Universitário de Araraquara - Uniara promoveram, nos dias 9 e 10 de maio, o seminário “Humanismo e Direito”, no auditório da universidade.
No primeiro dia foram realizadas as palestras “Humanismo, o caminho do meio”, ministrada pelo advogado Luiz dos Santos Vieira Marques e “Democracia e tolerância: um guia para os perplexos”, proferida pelo juiz federal Caio Moyses de Lima (titular da 1ª Vara-Gabinete em Avaré). No dia 10/5 foi a vez do advogado e desembargador federal aposentado Américo Lacombe apresentar a palestra “Estado laico”, seguida pelo tema “Concretização dos Princípios Constitucionais: uma visão crítica”, com o juiz federal Sérgio Nojiri (titular da 9ª Vara em Ribeirão Preto).
Na palestra “Humanismo, o caminho do meio”, Luiz Marques falou dos diversos significados do humanismo no decorrer da história. A partir da constatação do fracasso dos modelos civilizatórios, defendeu a proposta do líder espiritual Daisaku Ikeda do humanismo como o caminho do meio unificando pensamentos extremos.
Com o tema “Democracia e tolerância: um guia para os perplexos”, o juiz federal Caio Moyses demonstrou o equívoco da imagem de um passado ideal e da concepção de que tolerância religiosa é algo novo. Fez referência à obra do século XI denominada "Um guia para perplexos", do rabino espanhol Moshe Ben Maimon.
Américo Lacombe tratou do “Estado laico”, assunto que estudou por conta da Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público Federal para retirada de símbolos religiosos de órgãos públicos. “O doutor Lacombe nos encantou com o dom da oratória, profundo conhecimento e postura espirituosa em sua aula”, disse a coordenadora do evento, Vera Cecília Costa.
Encerrando o seminário, o juiz federal Sérgio Nojiri abordou o tema “Concretização dos Princípios Constitucionais: uma visão crítica”, sobre a distinção entre os princípios e normas no chamado neoconstitucionalismo. Vera Cecília ressaltou sua apresentação: “Com experiência e capacidade manteve, igualmente, a plateia muito atenta. No final, ainda saiu aplaudido pelos alunos quando se posicionou sobre o uso de dinheiro público para ornamentar espaços públicos com símbolos religiosos”.
Após cada uma das apresentações, os estudantes fizeram questionamentos sobre os assuntos abordados. Com o auditório praticamente lotado nos dois dias, a coordenadora do evento disse ter ficado satisfeita com o resultado. (RAN)
Fotos: Uniara