O juiz federal Paulo Cezar Neves Junior, diretor do Foro da Seção Judiciária de São Paulo, realizou na terça-feira (31/5) um encontro com magistrados e servidores para informar sobre as medidas de redução de gastos que serão necessárias para suprir o déficit causado pelo corte no orçamento da JF/SP, estimado em R$ 35 milhões. O evento foi realizado no auditório do Juizado Especial Federal em São Paulo e transmitido por videoconferência para as demais subseções judiciárias.
“O objetivo desse encontro é dar transparência à gestão e fazer com que todos se conscientizem da extensão do nosso problema financeiro, além de relatarmos o que foi feito até hoje e o que ainda precisa ser realizado”, disse Paulo Cezar Neves Junior. O magistrado reforçou a necessidade da colaboração dos juízes e servidores não só com ações de economia, mas também com ideias, críticas e sugestões para atingir os resultados esperados.
Segundo o diretor do Foro, entre os setores que serão de alguma forma afetados com o corte estão as empresas terceirizadas (manutenção, segurança, limpeza, etc), estagiários, aquisição de materiais, gastos com diárias, passagens e outros deslocamentos. Em relação aos vencimentos e auxílios de magistrados e servidores não há, até o momento, qualquer orientação que indique restrição para esses pagamentos.
O juiz explicou ainda que, devido à expressiva redução na oferta de serviços às subseções judiciárias, estão sendo estudadas medidas compensatórias para minimizar os impactos do corte. Ele também afirmou que pretende rever diversos processos de trabalho, tornando a gestão cada vez mais eficiente por meio da implantação de um programa de “gestão da inovação”.
Ao falar sobre esse tema, a juíza federal Luciana Ortiz Zanoni, presente no encontro, explicou que a gestão da inovação é utilizada na iniciativa privada e já tem sido aplicada em diversas áreas do setor público. Uma das formas de implementar essa ferramenta é por meio dos “laboratórios de inovação”, que são locais voltados a desenvolver soluções criativas para todo e qualquer problema da instituição.
“O laboratório de inovação é um espaço de participação democrática. Nele, os atores que integram a Justiça Federal (juízes, servidores, operadores do direito e usuários), com o uso de técnicas e metodologias próprias, poderão desenvolver juntos projetos e ações que visem produzir um serviço público de maior qualidade”, disse Luciana Ortiz.
Na parte final do evento, os participantes puderam fazer perguntas, esclarecer dúvidas e dar sugestões quanto às mudanças apresentadas. (JSM)
Fotos: Jefferson Messias