Em comemoração aos dois anos de criação do Laboratório de Inovação (iJuspLab), a Justiça Federal de São Paulo realizou, no dia 27/9, o primeiro Festival de Inovação Aberta, que aconteceu na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP). “É um momento especial para nós, pois são dois anos empenhando esforços pela inovação. Trata-se de um caminho inevitável para atingir a excelência no serviço público”, afirmou a juíza federal diretora do Foro, Luciana Ortiz Zanoni, na abertura do evento.
A presidente do TRF3, desembargadora federal Therezinha Cazerta, destacou o ineditismo do trabalho: “é uma missão muito importante, um trabalho muito motivador no sentido de se implantar ações e projetos com diferentes de formas de se pensar e agir”.
Representando a FIESP, o diretor Ciro Bueno Teixeira considerou positiva a parceria para a realização de um evento voltado à inovação. “Também atuamos em diversas frentes incentivando a inovação e é excelente saber que a Justiça Federal, através de seu laboratório, também atua buscando aperfeiçoar o serviço público”, disse.
O evento contou com a realização de palestras sobre inovação na parte da manhã. Gustavo Justino de Oliveira, professor de Direito Administrativo da USP, falou sobre inovação, licitações e contratos públicos. O professor Álvaro Gregório, que também foi um dos palestrantes, fez um balanço sobre o iJuspLab. “O laboratório amadureceu realizando projetos grandes e inovadores. Com o festival de hoje, tem início uma nova etapa de conexão com o ecossistema de inovação através das startups”, afirmou.
“Nesses dois anos de existência do laboratório, temos muito a comemorar. Conseguimos promover o engajamento de juízes e servidores e fortalecer a cultura da inovação, que é algo marcante na Justiça Federal de São Paulo e está se espalhando para outros órgãos públicos, dentro e fora do Judiciário”, disse o juiz federal Paulo Cezar Neves Junior, coordenador do iJuspLab.
Projetos e Premiação
No período da tarde, aconteceram as apresentações de sete projetos de startups e empresas com soluções inovadoras para o aperfeiçoamento dos serviços prestados pela JFSP. Os participantes tiveram a oportunidade de apresentar as propostas em formato de “pitch” para uma comissão formada por convidados com expertise em inovação.
Na sequência, houve a premiação dos três vencedores, que receberam tablets e o direito de participar do concurso “Acelera Startups”, promovido pela FIESP. Foram selecionados os seguintes projetos: “Mediação Online (MOL)”; “Jurischain”; e “Looplex”.
“Nosso projeto foi elaborado para que o poder público possa oferecer informações aos cidadãos de forma equânime, justa e responsável. Esse prêmio mostra que o Judiciário, de fato, está se transformando em um polo de inovação para o país e isso significa muito, porque um Judiciário inovador, rápido e eficiente é algo que o Brasil precisa”, destacou Lucas Amorim, responsável pelo projeto “Jurischain”.
O juiz federal Caio Moysés de Lima, vice-diretor do Foro (capital), falou sobre os benefícios trazidos com a realização do festival. “Quando promovemos um evento como esse, estamos chamando a sociedade para opinar, trazer soluções e, assim, conhecermos o interesse que as pessoas têm sobre nossos serviços. Para as empresas e startups que vêm participar, essa também é uma forma de conseguirem projeção para lançar os seus produtos no mercado”.
Na opinião do juiz federal Décio Gabriel Gimenez, vice-diretor do Foro (interior), “a Justiça Federal de São Paulo pautou uma questão extremamente importante, que é enfrentar os desafios do mundo contemporâneo a partir de soluções que sejam inovadoras, mas, sobretudo, que deem respostas adequadas àquilo que se espera como solução concreta”.
Lançamento do Livro
O encerramento do evento se deu com o lançamento do livro “Inovação no Judiciário: conceito, criação e práticas do primeiro Laboratório de Inovação do Poder Judiciário”. A obra foi escrita por um grupo de servidores, magistrados e apoiadores comprometidos com a mudança e a inovação no serviço público. O livro possui dez capítulos, entre os quais estão compartilhadas as experiências de implantação do iJuspLab.
Para a conselheira do CNJ, Maria Tereza Uille, o lançamento do livro é um marco importante, pois institui uma referência bibliográfica sobre o surgimento do Laboratório de Inovação da JFSP. “O livro é um mosaico feito por várias pessoas que tiveram um momento iluminado em suas vidas para criar esse laboratório, o qual tem servido de inspiração para a criação de vários outros laboratórios no país e hoje está sendo objeto de replicação inclusive no Conselho Nacional de Justiça”, pontuou.
Luciana Ortiz Zanoni destacou que a obra possui um significado especial na comemoração do 2º aniversário do iJuspLab, “porque retrata todas as nossas dificuldades, nossos avanços, mas principalmente o nosso ideal de que podemos fazer um Judiciário cada vez mais próximo do cidadão, cumprindo com a sua missão institucional”.
O livro em formato PDF pode ser baixado gratuitamente no site da editora Blucher: www.blucher.com.br. (SRQ/JSM)
Fotos: NUCS