Na última sexta-feira (7/12), um grupo de estudantes de mestrado do Instituto de Direito Público de São Paulo (IDP), acompanhado pela conselheira Maria Tereza Uille Gomes, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), visitaram o Laboratório de Inovação da Justiça Federal de São Paulo (iJuspLab) para conhecerem o Programa de Gestão e Inovação da JFSP - iNovaJusp.
O programa foi iniciado em 2016 e é baseado na construção coletiva e inovadora de ações que promovam mudanças na operacionalidade das atividades administrativas, propiciando melhores resultados ao serviço público prestado.
Os estudantes fizeram duas breves apresentações sobre os trabalhos acadêmicos que estão sendo desenvolvidos, relacionados com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, da ONU. A Agenda é um plano de ação para erradicar a pobreza, proteger o planeta e garantir que as pessoas alcancem a paz e a prosperidade, e contém dezessete Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
“É com muita alegria que recebemos a conselheira Maria Tereza Uille e os pesquisadores mestrandos que vieram conhecer os trabalhos que são realizados aqui e a dinâmica do primeiro laboratório de inovação do Judiciário. Foi muito interessante ver a apresentação das ideias e pesquisas sobre indicadores que o Judiciário poderia ter e outras medidas que poderiam ser adotadas para verificarmos com maior transparência e qualidade o trabalho do Judiciário em relação às ODS da ONU, com a Agenda 2030”, declarou juiz federal Paulo Cezar Neves Junior, diretor acadêmico da Escola de Servidores da JFSP.
Maria Tereza Uille Gomes avaliou a visita como uma experiência extremamente inovadora, sobretudo com relação à necessidade de diálogo do Judiciário com a sociedade. “Estamos dialogando aqui entre alunos de um curso de mestrado que é interdisciplinar, e o foco principal foi avaliar os tipos de desenvolvimento sustentável da agenda da ONU e verificar de que forma, em termos de transparência, é possível indexar as ações que o Judiciário produz com as metas e indicadores dessa agenda global que serve para quase 200 países”, frisou.
“A reunião foi muito rica para abrir perspectivas para nós aqui no laboratório. Verificamos que existem muitas áreas em que podemos atuar em conjunto com atores internos e externos ao Poder Judiciário. Percebemos que existem várias oportunidades junto ao CNJ, à advocacia, ao Ministério Público, inclusive envolvendo também empresas e os jurisdicionados em geral. Agora temos que analisar e entender a nossa prioridade”, afirmou o vice-diretor do Foro da Seção Judiciária de São Paulo, Caio Moysés de Lima.
Por fim, a conselheira Maria Tereza Uille Gomes disse que vai propor a criação de laboratórios de inovação, inteligência e desenvolvimento sustentável. “Essa é uma proposta que eu devo fazer no âmbito do Conselho Nacional de Justiça, seguindo a orientação do presidente do CNJ, ministro Dias Toffoli”. (KS)
Fotos: Kátia Serafim